Postais Barrô

Picasa SlideshowPicasa Web AlbumsFullscreen

30/10/2007

É URGENTE AMAR!!

AMAR...RESPEITAR...AMAR...AMAR!!

estreia

Bem, para agradecer o convite algum dia teria de sair o primeiro post...

A primeira vez que li este texto já foi à muitos anos. O Tejo não me dizia ainda coisa nenhuma, Fernando Pessoa era só um poeta e Alberto Caeiro um heterónimo - que eu não sabia exactamente o que era - mas o Cértima já eu conhecia bem. Alberto Caeiro poderia não o saber, mas quando escreveu isto estava a falar do nosso rio.

O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.

O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que vêem em tudo o que lá está,
A memória das naus.

O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha ladeia.

Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontraram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.

O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.

Alberto Caeiro
O Guardador de Rebanhos.

29/10/2007

BARRÔ EM SATÉLITE



PARA O MAURO IDENTIFICAR O NOSSO BARRÔ NO SATÉLITE!!

CLIQUE AQUI

Fotos para os amigos de Barrô....


Para Mazona...






Eric, filho do meio

















Eder, o filho mais "velho"
A família, eu, minha esposa, sogros Carlos Alzira e cunhados (dois irmãos de minha esposa), Ana Célia e Rafael, Regina e Carlos, na ocasião da festa de bodas de 50 anos de casados.













O casal na missa de ação de graças... a "noiva" é a filha de Maria Correa que veio de portugal....


















Igreja de Nossa Senhora da Penha, fica no meu bairro, preparada para a missa...
Eu e minhas mulheres...., não são lindas???? Calma moçada que a Stefanie só tem 13 aninhos...

28/10/2007

26/10/2007

44º ANIVERSÁRIO DO CCB


É JÁ NO PROXIMO DIA 17/NOVEMBRO/2007 QUE O C.C.B. COMEMORA O SEU 44º ANIVERSÁRIO, COM UM JANTAR NO PAVILHÃO ENG. CARLOS MANUEL ROQUE.
Como já vem sendo habito o Centro Cultural de Barrô convida todos os seus sócios e amigos a estarem presentes no seu jantar de aniversário, pelo que solicitamos a inscrição nas listas que irão ser colocadas nos locais habituais.
Aparece e trás um amigo.
O CCB CONTA CONTIGO

Sugestão para 27/10/07 (amanhã)

VIII FESTIVAL DE TEATRO DO ORFEÃO DE ÁGUEDA
Sábado dia 27 de Outubro pelas 21h30 no Teatro de Bolso do Orfeão de Águeda terá lugar o último espectáculo deste Festival.
A GRUTA - Grupo de Teatro Activo do Centro Cultural de Barrô, trará a Águeda a peça "Os Pinga... e Amor".
Tal como nos espectáculos anteriores, a organização conta com a presença dos amantes do Teatro e dos amigos do Orfeão.

Entrada Livre
in : Orfeão de Águeda www.orfeaodeagueda.com

25/10/2007

AI O MEU RICO DENTE DO SISO...

Gostava que Barrô, além da terra amada, também fosse muito animada. Para tal, tenho algumas sugestões:

  • Semáforos nos cruzamentos.
  • Um metro que passe por todas as ruas. Um à superfície e outro subterrâneo.
  • Uma pista de gelo que vá pela Rua do Campo até lá abaixo.
  • Um teleférico panorâmico sobre os ninhos das cegonhas.
  • Aproveitar a viela da paulita para fazer um escorrega até ao lago dos patos.
Venham mais ideias!

23/10/2007

A ÁGUA E O AÇUCAR

A ÁGUA E O AÇUCAR

Neste dia, de felicidade, em que os vossos corações transbordam de alegria, importa que também meditem sobre o passo, importante que agora deram.
Se for possível, gostaría que lessem esta nossa mensagem juntos e enamorados.
È bom de quando em vez ficarmos pequeninos e escutarmos um conto. È isso que eu vos vou fazer, contar uma história:
Um certo dia nas encostas de um vale, corria uma água límpida e fresca. Tudo era belo porque Deus assim o quis. Flores, muitas flores, contornavam a fonte que brotava uma água saborosa. O Céu era azul, ao fundo as águas do rio brilhavam como prata dourada. No ar as cegonhas entoavam um hino de amor, era a época do acasalamento. A desfrutar tudo isso estava um casal entrelaçado. Os olhos fixavam-se no horizonte e brilhavam. Só os seus corações falavam.
As horas foram passando, até que a noite chegou. O casal enamorado olhou-se profundamente e beijou-se com paixão. Para marcar aquele belo momento de amor, resolveram levar com eles um copo daquela límpida água. Partiram e guardaram aquele copo de água quase religiosamente. Ali estava o seu maior sinal de amor, ali estava o seu filho. Aquela água serviria para mater a sede em momentos de exaustão, de dor, de paixão, de alegria e sofrimento.
Quase na mesma altura, outro casal, também apaixonado, desfrutava a bela paisagem. Que belo era estar naquele imenso arvoredo. Os pássaros chilreavam, as folhas faziam um imenso xuá!! Numa mesa, o tal casal trocava olhares de ternura, enquanto saboreava um café. Sem se aperceberem, entrelaçaram as mãos, colocando um pacote de açúcar entre elas. De repente sorriram e olharam para o pacote amarrotado. Por fim partiram e com eles levaram o açúcar, que viveu aquele momento de amor.
Como o casal anterior, também estes guardaram com amor o pacote de açúcar. Nos momentos mais difíceis da vida era aquele belo torrão que os animava e empurrava para a luta.
Um dia, quase que por magia, ou melhor porque o Espírito Santo assim o quis a água conheceu o torrãozinho de açúcar. Já muitas vezes se tinham visto, mas... naquele dia...olharam-se de forma diferente, diria apaixonada. Pela janela, o sol entrava. Ao reflectir na água lançava um raio dourado que mais parecia uns lindos cabelos dourados. O açúcar brilhava também de forma altiva e elegante. A partir deste dia encontraram-se muitas vezes, mas sempre sem os seus donos saberem pois ambos não queriam perderem os seus rebentos, as suas provas de amor. Um dia depois de algumas amarguras, mas muitas alegrias, o torrão de açúcar encheu-se de coragem e perguntou à água se queria casar com ele. A tremer e muito aflita, mas muito, muito contente a água respondeu com um infinito: SIM !!
O açúcar saltava de alegria. Beijou com tal força a água que quase derretia.
Os “pais” algo nervosos tomaram conhecimento do seu amor, também deram o seu sim, preocupados, mas felizes. Rapidamente se movimentaram para fazer uma grande festa.
Família e amigos, todos quiseram participar no grande acontecimento. Finalmente era chegado o dia do casamento. A Igreja, parecia uma imensa catedral com tantos convidados. O açúcar bem trajado e nervoso aguardava pela chegada da água. O coro entoava lindos cantos, de repente na porta principal entrava o copo de água. Que linda estava.
Lentamente e com um sorriso nos lábios subia pelo imenso corredor. O pai algo apreensivo entregou-a nos braços do torrão de açúcar. Finalmente a união consumou-se. Já a noite ia alta quando de forma irremediável o açúcar se misturou na água e ficaram um só. A partir deste momento deixámos de ter a água e o açúcar e passámos a ter um copo de água doce e saborosa.
Nunca, mas nunca, ninguém irá conseguir separar esta solução que Deus quis unir. Vai ser esta água doce, que vai ajudar à má disposição, aos momentos de fraqueza de baixa tensão...mas para que isso aconteça importa que a água e o açúcar tomem consciência de que agora estão unidos e formam um só corpo. Importa que façam sempre reflexões conjuntas, que o diálogo seja um modo de vida e que as dificuldades e as zangas nasçam e morram no mesmo dia.
Na mesa, quando a azia for grande deixam-se beber e perceberão que essa água doce que existe em vós é o remédio para todos os males.
(Quando desfolhava o meu baú de memórias descobri este texto que aqui vos deixo)

22/10/2007

As Mães de hoje e de ontem!

O Mundo está em rápida transformação, isso ninguém o nega. Tudo gira a uma velocidade incrivel! Com toda a velocidade que se vive (será que vive?) esquecemos de coisas tão importantes como por exemplo a família e os valores que ela devia de representar na sociedade. Por causa (e nem só) das correrias hoje nem meninos nascem!! Recordando esta aventura do "antigamente" vejam o que se fazia e dizia antigamente para proteger as mães e os recém-nascidos:
PARA PROTECÇÃO DAS PARTURIENTES E DOS SEUS REBENTOS

As mães sabiam muito bem como o porco-sujo as perseguiria durante toda a gravidez e depois no parto.
Por isso, tratavam de por em pratica todo o seu estranho e complicado receituário de virtudes, para que nem o abelhudo, nem as bruxas, que são as suas amigas dilectas no reino de fogo e trevas, tomassem conta da alma dos seus pimpolhos logo ao nascer.
Então tratavam de envolver a mãe e depois o filho, quando nascesse, numa estola de padre para que o parto fosse feliz e o neófito não morresse antes de ser purificado nas águas do baptismo. Se a estola já tivesse servido na celebração da missa, era certo e sabido que as bruxas seriam arrenegadas para o “mar acolhado”, onde não atormentariam mais, nem a mãe, nem o filho.
in Barrô ao longo dos Tempos

UMA MENINA DA TURMA

UMA MENINA DA TURMA

20/10/2007

PARA O MAURO













































































EM ESPECIAL PARA O MAURO


Conforme prometido cá vão algumas caras dos artistas destas coisa. Por opção dos próprios e até ordem em contrário algumas fotos não aparecem

Legenda: 1- "nome artistico" Chóila- Nome próprio Wilson Gaio (ver mais aqui )


2-"nomes artisiticos" e ou próprios: Edgar; Marco (ver mais aqui---aqui); brt


3- "nome artistico" Joker -nome próprio Filipe Sérgio


4- "nome artisitico" Jonas - nome próprio João


5-"nome artistico" Pocahontas; Mazona; Mofina Mendes (ver mais aqui); dd.


6-"nome artistico" Rau- nome próprio Luis


7-"nome artisitico"RGaio - nome próprio Renato Gaio (ver mais aqui )


8-"nome artistico" Rufia - nome próprio Rui Conceição


9-"nome artistico" rph - nome próprio Rui Henriques (ver mais aqui ---aqui)


10-"nome artistico" sesse- nome próprio Pedro Conceição


11-"nome artistico"V.C.- nome próprio Victor Cardoso (ver mais aqui ---aqui ----aqui ---aqui---aqui)
12-"nome artistico" zabel - mome próprio Isabel Campos

16/10/2007

ESTE FRIO

Não tenho tempo para dar tempo ao tempo.

Quando eu era pequena
passava tardes e tardes metida
dentro duma arca onde o meu avô, que era alfaiate,
guardava as fazendas. Era uma caixa quentinha
e eu gostava de estar lá
porque o meu avô contava-me muitas histórias
porque era uma sala onde havia muito sol
porque o chão era de tábuas
porque o relógio da parede tinha um som alegre
porque eu tinha almofadas à minha volta
e não tinha medo de cair nem de me magoar
porque o meu primo brincava muitas vezes comigo
e ficávamos os dois ali, quietos e sossegadinhos
à espera da merenda que era um pão com marmelada.

E era tudo tão bom, tão doce, tão lindo,
porque não havia mais nada
e o meu coração cabia inteirinho
dentro daquela arca de madeira.

Hoje
não sei onde meter os meus pensamentos
e a minha solidão não cabe em lugar nenhum.


15-12-1994

15/10/2007

ALGO DAQUI...

Essa é a Avenida Paulista, é o endereço onde trabalho, tirei a foto abaixo dia 11/out às 18:00, horário em que volto para casa, nesse momento eu estava esperando o ônibus. O tempo estava nublado, o escritório da empresa fica do lado oposto. A fábrica fica em outro estado, Rio de Janeiro, Cidade de Cabo Frio à 600 km daqui.














Acredito que a divisão geográfica comparativamente é assim, me corrijam se eu estiver errado:

PORTUGAL BRASIL
Região Região
Distrito Estado
Concelho Município
Freguesia Bairro
Povoado Vila

Na verdade o sal não fabricamos porque ele se cristaliza naturalmente sob o sol e vento nas salinas. No nosso caso pode se dizer que fabricamos porque o processo é por evaporação forçada por evaporadores, a salmoura (água do mar) é elevada à 400 graus centígrados.









Fábrica em Cabo Frio









Cidade de Cabo Frio

A empresa "Sal Cisne" patrocina uma modalidade de esporte de competição " Stock Car". "Nosso" piloto chama-se Beto Giorgi.


















Olha eu aí do lado do Beto
Fotos de minha família:






Eric

Eder
Eu de novo e a Stefanie

O casal 20
Essa foto é do portal da cidadezinha que fica a 130 km da minha casa, lá moram os irmãos de minha esposa, sempre que temos um feriado é pra lá que vamos. É um lugar muito bonito chamado Cidade de Socorro.



Abraços à todos!

E O LIVRO CHEGOU...


Amigo Victor,

O livro acabou de chegar (15/out) às 17:00 hs daqui, 19:00 hs daí ( três horas de diferença menos uma por causa do horário de verão).

No momento em que estou escrevendo são 20:25 hs daqui.

Vou começar a ler hoje mesmo, mais uma vez, muito obrigado!

Fotos



Duas fotos de 1986 em Portugal. Quando meus primos estiveram por aí....

História de Rafael Correa

Em 1928, Rafael Correa, cuja vida se resumia em lidar com a pequena agricultura da família, pressentindo que o futuro não seria muito diferente que o seu presente, resolveu tomar uma atitude ousada: Partir para o Brasil! E foi o que fez.
Acreditava que no Brasil teria mais oportunidades e começou a planejar sua viagem, que incluía sua família, composta por esposa, Maria Correa, filho Antonio Jacinto Correa e algumas peças de roupa.
Comprou as passagens de navio e marcou o dia da partida.
Durante a viagem que durou em torno 3 semanas sua esposa adoeceu, a autoridade religiosa presente no navio informou ao Sr. Rafael então com 20 anos de idade que sua esposa poderia falecer e ser sepultada em alto mar...
Tomado pelo desespero da perda, suplicou aos céus para que sua esposa Maria superasse a enfermidade e em forma de agradecimento cumpriria , um dia, quando suas condições permitissem, a promessa de retornar a Vilar do Barrô e participar da procissão de Nossa Senhora dos Remédios e Santa Eufêmia de Cristo e graças a Deus foi assim que fez, 28 anos depois, em 1956.
Retornou a sua Pátria, cumpriu a promessa e aproveitou a oportunidade para rever seus familiares pela última vez. Voltou para o Brasil quatro meses depois, trazendo o que mais apreciava: Azeite, muito vinho, jóias (recebeu pequena herança da família de sua esposa), roupas, bagaceira, cobertores, e muitas outras coisas, somando mais de 300 quilos de bagagem, entregue a domicílio, vindo de caminhão do Porto de Santos até a Penha em São Paulo.
Nesses 28 anos trabalhou muito, começou como empregado da fábrica da família Matarazzo em São Paulo, no bairro do Tatuapé, servindo na olaria. Conheceu nesse período o Sr .Aristides que o convidou para trabalhar em seu armazém de produtos alimentícios e de limpeza como entregador em uma carroça.
Foi ficando conhecido no Bairro da Penha de França, acabando por ser convidado a montar um pequeno armazém num espaço alugado. Progrediu.
Alguns anos depois tinha estruturado seu armazém que era muito procurado por todos os moradores da região, e foi comprando alguns terrenos junto ao armazém que também acabou comprando.
Teve cinco filhos, Antonio, Joaquim, Aristides, Alzira e Rafael, exceto Joaquim falecido aos 18 anos de idade, os outros moram até hoje nos imóveis que receberam de seu pai , o imigrante português, Rafael Correa, falecido em 1976.
Alzira teve com seu marido Carlos, filho descendente de espanhóis, 3 filhos, Carlos, Rafael e Carla.
Carla (44) casou-se em 1984 com Mauro (49), brasileiro, descendente de português, alemão e italiano. Moram com seus três filhos, Eder (21), Eric (16) e Stefanie (14).
Obs: Aos poucos contarei mais detalhes......
Rafael Correa, natural de Vilar do Barrô.

14/10/2007

CENTENÁRIO MORTE DR. FERRAZ MACEDO

Paradela, povoação vizinha, está a assinalar o centenário da morte de um seu ilustre filho, o Dr. Francisco Ferraz de Macedo.
Para o efeito organizou entre outras actividades um sarau cultural onde participaram o Coral Jovem da ARCEL e o Orfeão de Barrô
Veja aqui (noticia e fotos)
Veja aqui (fotos do sarau)

12/10/2007

90 ANOS FÁTIMA


A propósito dos 90 anos das aparições em Fátima reflecti que em Barrô, há muitos crentes em Fátima e na Nossa Senhora, talvez mais do que crentes em Cristo. Com isto quero dizer que talvez um dos problemas dos católicos seja começar os processos de evangelização a meio, isto é, importa tão só celebrar e respeitar a tradição. No meu entender para crescer em Cristo os passos devem ser os seguintes:
1-Conhecer a mensagem
2-Celebrar pelo conhecimento essa mesma mensagem
3-“Partir” em testemunho.
Só assim a religião pode caminhar e mostrar aos outros o Amor de Cristo!

10/10/2007

«BARRÔ AO LONGO TEMPOS» A CAMINHO DO BRASIL

CARO Mauro O LIVRO « BARRÔ AO LONGO DOS TEMPOS» JÁ VAI A CAMINHO DO BRASIL. QUANDO RECEBER DIGA QUALQUER COISA!

07/10/2007

Algo que nos une!

Amigo Victor Cardoso,
Fiquei sabendo que fostes homenageado pelo seu povo, e como é ilustre meu amigo, e quantas coisas boas tem feito por aí, que só me resta parabenizá-lo e agradecer por permitires ser seu amigo também!

Tomo a liberdade de postar algumas fotos que tirei daqui do lugar onde moro para meus amigos de Barrô.
Obs. Está de pé o envio do livro "Barrô ao Longo dos Tempos"?
Abraços,
Mauro Lino
Essa foto é da estação ferroviária construída em São Paulo por ingleses, chama-se "Estação da Luz", foi por aqui que chegaram os primeiros imigrantes. (lado externo)



(lado interno)


Ao lado foi inaugurado no ano passado (2006) o "Museu da Língua Portuguesa" essa é a placa de inauguração (estive na inauguração, por isso as fotos!).


Foto dos primeiros imigrantes portugueses (essa é do museu!)!


ALÔ...É DO DEZ!!



Recentemente descobri que o Dr. Breda, ilustre barroense e distinto médico, foi dos primeiros habitantes do distrito de Aveiro e da região a ter telefone. Naturalmente foi o primeiro barroense a ter tão importante meio de comunicação. O número do seu telefone era...o dez!!

COMO MUDOU BARRÔ!

Há mais ou menos 40/50 anos em Barrô era o tempo em que:

– Barrô de Baixo e Barrô de Cima, cujas fronteiras se situavam junto à figueira do Conde – agora a uns vinte metros do Centro Cívico da ABARCA – se digladiavam das mais diversas formas, das quais a mais evidente, era a Festa de S. Tiago;
– As pessoas viviam do vinho – que era bom – e do arroz e outros géneros, numa economia de subsistência e auto-suficiência quase total;
– O pagamento ao barbeiro, ao padre e ao sacristão era feito em milho;
– A moagem do milho e da azeitona era paga com a maquia;
– A sala de visitas era a adega;
– A riqueza das pessoas avaliava-se pelo número de porcos que matava e pelas juntas de bois que tinha;
– A salgadeira conservava durante muitos meses, a carne de porco;
– Em toda a freguesia não havia televisões, havia dois telefones, dois ou três automóveis e só os ricos tinham bicicleta;
– Não havia estradas alcatroadas;
– A quase totalidade das pessoas andava descalça;
– As pessoas trabalhavam de sol a sol, de segunda-feira até ao meio dia de domingo;
– As festas tradicionais e os arraiais eram a única oportunidade de vestir o “fato domingueiro”;
– Todas as pessoas se conheciam dentro da freguesia;
– Não havia restaurantes – no concelho e a sul de Águeda, lembramo-nos de um apenas;
– Quando se fazia qualquer viagem, levava-se o farnel;
– O vinho para as tabernas e pensões era transportado de casa do lavrador, em cascos, sendo servido ao copo ou à picheira/ pichel;
– A economia rural assentava em muitas relações de troca directa de produtos e serviços.
Hoje Barrô é:
– A agricultura da nossa terra, com algumas excepções de complementaridade, desapareceu, estando a maior parte dos terrenos em mato ou pousio;
– A indústria e os serviços dominam a economia;
– Não se conhecem fronteiras nos contactos dia a dia;
– Ninguém se preocupa em produzir o que consome, mas apenas em ter meios para comprar o que precisa e que pode vir de qualquer país do mundo, por mais longínquo que seja. Na economia actual, tudo tem um factor de troca – o dinheiro;
– A freguesia tem, com certeza, mais de um milhar de telefones;
– Em muitas casas há mais do que uma televisão;
– O telefone, o telemóvel e a internet, permitem contactar rapidamente com qualquer parte do mundo;
– A freguesia tem centenas de automóveis;
– Todas as estradas, caminhos e veredas são alcatroadas;
– Ninguém anda descalço, etc., etc..

A nossa vida, que era feito dentro de uma área geográfica restrita em que, a maior parte das pessoas não passava dos limites da freguesia, ultrapassa-a, neste momento, sendo, na maioria dos casos global.
Os nossos vizinhos já não são só os da freguesia ao lado, mas os portugueses, os europeus, o mundo.
Por estas razões e por muitas outras, muita coisa mudou e tudo tende a uniformizar-se, devendo, por isso, ficar para a história o que foi feito ao longo dos tempos.
Adp. in «Barrô ao longo dos Tempos»

CAPELA S: MIGUEL MAIS BONITA



Recentemente, a Capela S. Miguel no lugar do Carqueijo, sofreu profundas obras de restauração, tendo sido reinaugurada no dia do seu padroeiro -29-setembro.
A obra está um mimo e é um orgulho para toda a comunidade e especialmente para a gente briosa do lugar.
A capela invocativa do Arcanjo S. Miguel, no lugar do Carqueijo, é uma obra relativamente recente. Foi inaugurada no dia 23 de Outubro de 1955. De construção aligeirada e estilo simples é uma obra de agradável equilíbrio estético, tendo na frontaria um elevado suporte, encimado por cruz, onde está implantado um pequeno sino.
As recentes obras deram uma beleza superior ao templo.
O seu interior também é simples e comporta uma pequena área para a celebração, com altar e um espaço com bancos para os fiéis, também não muito amplo.
Veja algumas fotos aqui

05/10/2007

O Bode Expiatório

Conta uma antiga lenda que na idade média um homem muito religioso foi injustamente acusado de ter assassinado uma mulher. Na verdade, o autor do crime era pessoa influente do reino e, por isso, desde o primeiro momento se procurou um "bode expiatório" para acobertar o verdadeiro assassino.O homem foi levado a julgamento, já temendo o resultado: a forca. Ele sabia que tudo iria ser feito para condená-lo e que teria poucas chances de sair vivo desta história. O juiz, que também foi comprado para levar o pobre homem à morte, simulou um julgamento justo, fazendo uma proposta ao acusado para que este provasse sua inocência.-- Sou de uma profunda religiosidade e por isso vou deixar sua sorte nas mãos do Senhor: vou escrever num pedaço de papel a palavra "inocente" eno outro pedaço a palavra "culpado". Você sorteará um dos papéis e aquele que sair será o veredicto. O senhor decidirá seu destino -determinou o juiz. Sem que o acusado percebesse, o juiz preparou os dois papéis, mas em ambos escreveu "culpado" de maneira que, naquele instante, não existia nenhuma chance de o acusado se livrar da forca. Não havia alternativas para o pobre homem. O juiz colocou os dois papéis em uma mesa e mandou o acusado escolher um. O homem pensou alguns segundos e, pressentindo a "vibração", aproximou-se confiante da mesa, pegou um dos papéis e rapidamente colocou na boca e engoliu. Os presentes ao julgamento reagiram surpresos e indignados com a atitude do homem.-- Mas o que você fez? E agora? Como vamos saber o seu veredicto?-- É muito fácil. - respondeu o homem - basta olhar o outro pedaço que sobrou e saberemos que acabei engolindo o contrário. Imediatamente o homem foi liberado.Moral da história: Por mais difícil que seja uma situação, não deixe de acreditar até o último momento. Saiba que, para qualquer problema, há sempre uma saída. Não desista, não entregue os pontos, não se deixe derrotar. Vá em frente apesar de tudo e de todos, creia que pode conseguir.

03/10/2007

Um pouco de realidade

Mazona, estive pensando sobre algo que aproxima da realidade e me lembrei desse texto escrito por um senhor que foi paraninfo de uma turma que se formava na universidade....

“Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns”.
Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.
Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham.
Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma.
A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse:
"Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo." E ela responde:
"Eu também não, meu filho."
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário.
Digo apenas que pensar em realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.
Meu segundo conselho: pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo.
O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.
Que era ficção, mas hoje é realidade, na pessoa de Geraldo Bulhões, Denilma e Rosângela, sua concubina.
Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É exatamente isso que está escrito na carta de
Laudiceia: seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito. É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, ao vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso. Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não use Rider, não dê férias a seus pés. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!, eu sabia!
Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa. Chega dos poetas não publicados!
Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam.
Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso.
Trabalho não mata.
Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios.
O Brasil, este país de malandros e espertos, dá vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão.
E isso se chama sucesso."

02/10/2007

POR QUEM AS HORAS DOBRAM?

Há dois anos e tal e ainda não me acostumei. De meia em meia hora pergunto: Quem morreu? Depois bato na testa e lembro-me que é só o sino da igreja a dar horas.
Não sou arraigada a velhas tradições, mas esta mudança, por acaso, dá-me nos nervos. Sobretudo nos dias em o que o vento sopra de Sul.
É que as horas sempre tocaram na capela do St.º António! É lá que está o relógio.

Que falta nos faz o saudoso ti Joaquim (sacristão)...