Postais Barrô

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26/01/2008

SÓ PARA SABER...

A “casa” mudou de gerência ou a Terra Amada foi à falência?

19/01/2008

O ENTRUDO (CARNAVAL) EM BARRÔ

O ENTRUDO

«Nesses recuados tempos, o Domingo gordo e a terça-feira de Entrudo eram vividos com muita alegria pela juventude, e não só, que aproveitavam para por em prática as mais diversas brincadeiras.
Moça que tivesse a ousadia de sair à rua, nesses dois dias de folia, era certo e sabido que chegaria a casa toda empoada com pó de arroz (?), enfarinhada, esguichada e tudo o mais que a imaginação dos rapazes sugerisse que lhes fizesse.
É certo que algumas até gostavam da brincadeira e, portanto, tomavam parte nela, respondendo na mesma moeda ou, não raras vezes, usando processos mais imaginativos que os do sexo oposto. Ora vejamos: Besuntavam as mãos nas panelas defumadas de ferro, que serviam para a confecção da refeição na lareira – e que se usavam então – passavam depois por cima dessa negra foligem um pouco de azeite ou banha e lá vinham para a rua com as mãos escondidas atrás das costas. Rapaz que se lhe aproximasse, levava tamanha besuntadela na cara que ficava mais negro que a alma do diabo. E aquela enfarruscadela ensebada só sairia à custa de muita água quente e sabão…
Havia também outra brincadeira muito usada, até entre vizinhos, que consistia no seguinte: Alguém aquecia, ao máximo, na lareira, um monte de pedras, cacos ou cascas de berbigão, colocava-as depois dentro de uma saca de serapilheira e corria rapidamente à casa da vizinha ou de pessoa a quem queria pregar a partida, entrava silenciosamente, atirava pela porta dentro a sua escaldante “mercadoria” e escondia-se. Os donos da casa ouvindo o barulho, vinham certificar-se do que se passava, e deparava-se-lhes aquele espectáculo do chão da cozinha cheio de pedras. Não vendo ninguém, a reacção imediata era a de apanhar aquela bugigangada para atirar pela porta fora. Era aí que a coisa dava para o torto, pois os escaldões faziam sair da boca dos incautos, todo um rol de pragas que fariam corar até o próprio belzebú.
Nesse tempo era fácil pregar estas e outras partidas, porque as pessoas estavam em suas casas muito descontraídas, e com as portas abertas. Pelo menos em Barrô era assim. Se alguém tinha algo a tratar com um seu conterrâneo chegava à porta dele e chamava. Ouvia, então, esta resposta: “entre, quem quer que seja, pois a porta está aberta”. E o visitante assim fazia com grande à vontade.
Hoje, todas as fechaduras, fechos e ferrolhos são poucos para tranquilizar as pessoas do perigo de assaltos.
Voltando às brincadeiras carnavalescas.
Os entrudos, como então se dizia, eram às dezenas pelas ruas. Raparigas vestidas de homem – só os traseiros as denunciavam, assim como os pelos nas pernas denunciavam os rapazes que trajavam de mulher – mascarados com “caretas” artesanais feitas de cartão e pintadas de cores berrantes; outros com véstias das mais extravagantes, que iam desencantar no fundo de sabe-se lá que baús, tanto podendo ser de militar, como de damas e cavalheiros da “bel-époc”, ou ainda de desprezíveis maltrapilhos. Claro que os entrudos “finess” – que também os havia – já usavam, para representar figuras históricas, políticas ou religiosas, roupas adequadas, máscaras a condizer, faziam trejeitos próprios, disfarçavam a voz e lançavam confétis ou serpentinas.
Às tantas surgia, marchando, no Largo de St.º António, um grupo de rapazes e raparigas, vestidos à maneira de Rancho Folclórico, a que o povo chamava “Contradança”.
Acompanhados, musicalmente, de concertina bombo, ferrinhos, pandeiretas, etc., cantavam e dançavam coreografias ensaiadas, durante um determinado tempo.
As pessoas juntavam-se em círculo à volta deles e, pouco depois, alguém do grupo, de chapéu na mão, recolhia as suas ofertas.
Guardado o dinheirito, faziam as despedidas e lá se ia a “Contra-dança” alegrar o povo de outras terras.
A miudagem também gostava de jogar o entrudo. Imitavam os grandes nas vestimentas e nas caretas de papelão, mas faziam-se sempre acompanhar de esguichos que eles próprios construíam. A um pau de sabugueiro extraiam o sabugo interior para ficar oco. Seguida-mente enrolavam, apertando bem, numa extremidade de outro pau fino, um pouco de estopa ou fio de lã, de modo a poder entrar comprimido no cano de sabugueiro. Para o encher de água procediam como para encher uma seringa. Comprimindo depois fortemente, saía um esguicho que se projectava a vários metros de distância. Já se vê que, com uma arma destas nas mãos, eram raros os miúdos e até graúdos, sobretudo do sexo feminino, que não levavam uma esguichadela na cara com líquidos, às vezes, de proveniência duvidosa…
Por tal motivo, quando o entrudo era chuvoso, o povo dizia que estava bom para os garotos encherem os esguichos…»

in Barrô ao longo dos Tempos

12/01/2008

VARDINAS & MAZONA BLOG



Por grande afinco da Mazona aparece agora um novo Blog.

Esperamos que tenha sucesso e...muitas visitas

aqui

03/01/2008

JÁ ESTAMOS EM 2008


Mas que isto pessoal?

Toca a acordar!!!